O Ofício das Tenebrae (Trevas) no Rito Moderno


Uma circular da Congregação para o Culto Divino, no ano de 1988, equipara a recitação conjunta do Ofício de Leituras e Laudes na quinta, sexta e sábado santos, conforme o rito romano moderno, com o Ofício das Trevas do rito romano tradicional.

De fato, o Ofício das Trevas nada mais é do que essas duas horas canônicas conjuntas (no rito tradicional, o Ofício de Leituras era Matinas) nos dias assinalados acima, recitadas com uma série de cerimônias tradicionais, como o apagar das velas, o streptus etc.

A única dificuldade seria como conciliar a cerimônia do apagar das quinze velas com o rito moderno, uma vez que são agora apenas seis salmos. O Mons. Peter Elliott, em seu "Ceremonies of the liturgical year", da Ignatius Press, no capítulo sobre o Tenebrae, sugere a seguinte combinação: apagar duas velas após cada um dos três salmos do Ofício das Leituras, uma vela após cada um dos dois responsórios do Ofícios das Leituras, e, finalmente, duas velas após cada um dos três salmos das Laudes, permanecendo só a última, a ser apagada no fim do Ofício conjunto.

Também as rubricas da Liturgia das Horas no rito moderno permitem acrescentar os textos antigos, dado que, por razões pastorais, o Ofício de Leituras sempre pode ser expandido.

Fica aí a sugestão para os que querem organizar uma recitação em público do Ofício das Trevas segundo a forma ordinária na próxima Semana Santa. Peguem seus breviários (em latim ou vernáculo), e façam. Usem as regras para a combinação do Ofício de Leituras com Laudes, que constam na IGLH e nas rubricas, e as sugestões do Mons. Elliott, e mãos à obra!

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