Os passos da reforma litúrgica pós-conciliar - O Ordinário da Missa de 1965 utilizado no Brasil

Pax et bonum!

Prosseguindo nossa caminhada através da reforma litúrgica, apresentamos agora o Ordo Missae (Ordinário da Missa) de 1965.
Sim, este foi o primeiro rito da Missa oficialmente reformado após a Sacrosanctum Concilium e com certo impacto. Vê-se nele ainda a Missa como chegou ao Concílio Vaticano II. As diferenças para com o Ordinário anterior (edição típica de 1962 utilizado atualmente como Forma Extraordinária do Rito Romano, graças ao Motu Proprio Summorum Pontificum, de 07/07/2007), foram elencadas na apresentação do Pe. Bugnini, na postagem anterior.
Interessante notar que, neste Ordo, a resposta para "O Senhor esteja convosco" é "E contigo também", que atualmente só permaneceu na resposta do fiel, após receber o dom do Espírito Santo no Sacramento da Confirmação, quando o bispo diz "A paz esteja contigo". Neste tempo ainda não tinham inventado as versões que se distanciam do texto oficial, como é o caso do "Ele está no meio de nós".
Para muitos, a Missa deste Ordinário era já suficientemente a reforma pedida pelo Concílio. Para outros, era uma Missa híbrida e inaceitável, ainda carregada de pesos antigos, era uma Missa de transição. Para outros ainda, era uma dolorosa mutilação do rito romano herdado das gerações do passado, com tantas omissões e e supressões.
Gostaríamos de recordar que, embora chamemos de reforma pós-conciliar, queremos significar com isso a reforma empreendida não só após o término do Concílio, mas a partir da Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium. De fato, na atual postagem, continuamos no ano de 1965, em cujo dezembro, somente, o Concílio foi concluído.
O Ordinário oficial foi apresentado em janeiro (como vimos na postagem anterior). Aqui disponibilizamos a versão utilizada no Brasil, datada do segundo semestre de 1965, como parte de um Missal Dominical. Digitalizamos apenas o Ordinário e, como de costume, disponibilizamos aqui no Gloria.TV. Leitura e análise recomendadas.

Por Luís Augusto - membro da ARS

Comentários

  1. Se tivesse continuado assim já seria uma grande coisa! Justo, falar com o povo em sua língua, e falar com Deus em latim. Se a reforma com o emprego do vernáculo tivesse ficado assim..."Que maravilha!"

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